Escrito por: Jacy Afonso de Melo, secretário nacional de Organização da CUT
31/01/2012
Os sindicatos combativos, os dirigentes cutistas e a classe trabalhadora de Minas Gerais estão prontos para o enfrentamento e avisam a quem possa interessar que não serão usados como massa de manobra de quem nunca defendeu os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras.
Manchete do jornal mineiro Hoje em Dia de 23 de janeiro afirmou que o PSDB quer o controle dos sindicatos de Minas e os seus planos para 2012 incluem tomar o controle dos três maiores sindicatos do Estado, o SINDÁGUA, O SINDIELETRO e o SIND-UTE, que terão eleições neste ano. Isto significa, na prática, uma tentativa de jogar a luta e os interesses da classe trabalhadora no lixo. Segundo o próprio jornal, estão em jogo a capilaridade e os recursos destes sindicatos.
A pergunta que não quer calar: o que estes reconhecidos inimigos da classe trabalhadora querem com o movimento sindical? A quem eles pretendem enganar?
Os tucanos de Minas esquecem que têm pela frente três sindicatos cutistas, três sindicatos combativos, com história de luta. Basta lembrar a greve comandada pelo Sind-UTE em 2011 que enfrentou o governo Anastasia. Não é à toa que o PSDB traçou esta estratégia, o objetivo é investir na tomada dos sindicatos e promover um desmonte da ação sindical, através de uma estratégia orquestrada para desmobilizar os enfrentamentos que a classe trabalhadora de Minas faz ao governo do Estado, liderada por importantes sindicatos cutistas, e depois atacar o restante do Brasil.
Eles esquecem que desafiar a CUT significa enfrentar uma organização sindical sustentada por princípios sólidos. O primeiro deles é a Liberdade e Autonomia Sindical, todo sindicato cutista sabe que a liberdade de organização e os interesses dos trabalhadores e das trabalhadoras não pode se submeter a nenhum outro interesse, seja ele partidário, corporativo, financeiro ou pessoal, não pode ser transformada em um aparelho de Estado.
A estratégia, segundo Marcus Pestana, presidente estadual do PSDB, é “conquistar os sindicalistas”, numa investida suja para eleger prefeitos que venham dos sindicatos, cooptando nossos dirigentes negociando benefícios e interesses políticos. Isso é uma ofensa aos cutistas!
Na condição de secretário nacional de organização da Central, convido toda a base cutista a se preparar para combater este ataque e derrotar todos aqueles que se aproximarem com o objetivo de usar a classe trabalhadora como massa de manobra. Esta não é uma briga apenas da CUT Minas Gerais, essa é um briga que o PSDB está comprando com toda a CUT, com todos os nossos sindicatos e dirigentes.
Vamos fortalecer as nossas bases. Nenhum sindicato cutista pode se sentir sozinho nos enfrentamentos do dia-a-dia, nas suas lutas, na defesa de suas bandeiras, nas disputas de base que têm enfrentado. O ataque a um sindicato cutista é um ataque a todos os 3650 sindicatos da CUT, mexeu com um, mexeu com todos!
Em defesa dos interesses da classe trabalhadora brasileira, em nome da liberdade e autonomia sindical, em nome dos princípios da democracia, da unidade e da solidariedade de classe, os trabalhadores e trabalhadoras de Minas e de todo o Brasil dizem NÃO à tentativa de cooptação, dizem não ao terrorismo de Estado, dizem não ao PSDB, à sua estratégia sórdida e à sua prática política já velha conhecida nossa!
SOMOS FORTES, SOMOS CUT!
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