terça-feira, 27 de julho de 2010

Lula discursa no Encontro Nacional de Agricultura Familiar


Confira o que o presidente Lula disse durante o
Encontro Nacional da agricultura Familiar realizado na última
sexta-feira (23 de julho) em Feira de Santana na Bahia

fonte:www.cut.org.br

De acordo com o presidente, é importante elencar os avanços dos quais “o povo foi responsável, ao eleger um igual para dirigir o país”. Em 2002, o BNB (Banco do Nordeste) emprestou R$ 262 milhões e tinha 37% de inadimplência e em 2009 emprestou R$ 22 bilhões, com apenas 3,3% de inadimplência. “O mais importante é que R$ 1,3 bilhão foi para os pequenos produtores do Nordeste brasileiro”.


Lula disse que com a concepção e compromisso de “fortalecer o pequeno” foi feito o “milagre da multiplicação dos pães” e que a queda da inadimplência ocorreu “porque o pobre paga, pois só tem o seu nome e a sua cara como patrimônio, pobre não gosta de ir pro Serasa, pro SPC”. Por isso o presidente disse que teve de conversar de perto com algumas instituições que dificultavam os empréstimos populares, colocando muitas letras e nomes diferentes, que inviabilizavam o entendimento e o atendimento, distanciando o pobre dos bancos. “Eu disse para diminuir aquele monte de letras, baixar os juros e aumentar o dinheiro”, declarou o presidente, sob um mar de aplausos. “Quando assumi, tínhamos R$ 300 bilhões de crédito disponível, hoje temos R$ 1,5 trilhão. A Caixa Econômica Federal tinha R$ 77 bilhões de crédito, agora tem R$ 281 bilhões. Apenas nos últimos seis meses a Caixa já emprestou mais do que em todo o ano passado. Nós aprendemos rápido e no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), saltamos de R$ 2,4 bilhões no início do governo para R$ 16 bilhões este ano”.

Um dos pontos altos do discurso foi quando o presidente citou os resultados obtidos com o Programa Luz Para Todos, que já alcança 2,4 milhões de famílias. “O IBGE tinha divulgado que eram dois milhões de casas, a maioria no campo, sem energia. Já utilizamos um milhão e cem mil quilômetros de fio, quantidade que dá para enrolar mais de 27 vezes o planeta, colocamos seis milhões de postes, 860 mil transformadores e quando terminamos os dois milhões vimos que faltavam ainda mais um milhão de casas.

Já estamos com 2,4 milhões de moradias e vamos em frente tirando as famílias do século 18 para o século 21”. Lula levou muita gente às lágrimas ao lembrar quando pegou o dedo de uma mãe que encontrava-se ao lado dos filhos em volta de uma lamparina, respirando querosene, e apertou, acendendo a luz: “ela não acreditava. Lembrei quando Miguel Arraes levou a luz para a minha tia, que saiu correndo”.

A luz era intensa para os seus olhos acostumados com a escuridão, lembrou o presidente, ressaltando o progresso que acompanha a melhoria da qualidade de vida: “com a luz vem a geladeira, o liquidificador, a cerveja gelada, afinal ninguém é de ferro”. Risos na platéia. E mais, acrescentou, “vem a televisão para ver a cara do presidente e ver muita gente falando mal do presidente”. Os risos inundaram o encontro.

Ao final da abertura, pelas mãos de Elisângela Araújo e Rosane Bertotti, o presidente e o governador receberam uma cesta de produtos da agricultura familiar. A atividade encerrou ao som do hino “agricultura familiar, mãos calejadas que alimentam o povo, sonhando terra solidária, política agrária, plantando um sindicalismo novo”.

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