quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Nesta quinta (21): contra o retrocesso e as privatizações

Trabalhadores e trabalhadoras vão às ruas de Brasília e do Rio de Janeiro para defender as empresas estatais e o patrimônio brasileiro


Escrito por: Luiz Carvalho



Diante dos dois projetos que estão em disputa nessas eleições, os trabalhadores e as trabalhadoras das empresas estatais de todo o Brasil somam forças às centrais sindicais e aos representantes dos movimentos sociais para ocupar as ruas nesta quinta-feira (21).



As mobilizações ocorrerão em Brasília e no Rio de Janeiro. Na capital federal, a partir das 12h, diante da agência central do Banco do Brasil (Praça do Cebolão), os manifestantes promoverão um abraço simbólico aos bancos públicos que ajudaram a financiar o desenvolvimento do País.



Já no Rio de Janeiro, às 15h, uma passeata partirá da Candelária e seguirá até a Avenida Rio Branco, sede da Petrobrás, onde também haverá um abraço simbólico à empresa como forma de demonstrar a resistência popular contra a tentativa de retorno do projeto de venda das estatais representado pelo candidato José Serra, do PSDB.



Querem vender a Petrobrás

David Zylberstajn, assessor de Serra e responsável pelas propostas dos tucanos para o setor de energia, defende explicitamente o regime privatista de concessão dos blocos de petróleo e gás.



Ele declarou recentemente que a aliança de PSDB e DEM não manterá a Petrobrás como operadora única do pré-sal e criticou o aumento da participação do Estado na empresa. Zylberstajn presidiu a ANP (Agência Nacional do Petróleo) no governo de Serra e Fernando Henrique Cardoso e foi um dos mais ferrenhos defensores da privatização da Petrobrás. Partiu dele, por exemplo, o projeto de venda de ativos da estatal, como a entrega dos 30% da Refap (Refinaria Alberto Pasqualini) e a tentativa de redução do controle da Petrobrás em outras unidades de refino, como Reduc e Fafen.



O prejuízo que as privatizações já causaram – Durante o governo de FHC foram vendidas empresas como Vale do Rio Doce, Embratel, Usiminas, Açominas, Cosipa e Embraer.



E mesmo aquelas que não foram vendidas, acabaram sucateadas, conforme lembra o secretário de Organização da CUT, Jacy Afonso de Melo. “Nossa luta é para que esse patrimônio continue nas mãos dos brasileiros e permaneça público do ponto de vista de concessão de crédito para agricultura familiar, habitação, entre outros pontos”, comenta.



No livro “Brasil Privatizado”, o jornalista Aloysio Biondi aponta que o governo arrecadou com a venda das estatais R$ 85,2 bilhões. Porém, as contas “escondidas” mostram que há um valor de 87,6 bilhões de reais a ser descontado, levando em consideração as dívidas das estatais privatizadas que deveriam ser pagas pelos compradores e que o governo assumiu, e o prejuízo com os empréstimos que o governo concedeu aos felizes novos proprietários para financiar a aquisição.



Além disso, há ainda prejuízos incalculáveis ao País como a demissão de milhares de funcionários antes dos leilões para “enxugar” as contas e os lucros que o governo deixou de receber todos os anos como esse patrimônio brasileiro e que estavam crescendo.



SERVIÇO

Ato em defesa das empresas estatais e contra as privatizações

Dia 21 de outubro, quinta-feira



Brasília

Praça do Cebolão, a partir das 12h



Rio de Janeiro

Concentração na Igreja da Candelária, às 15h

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