quinta-feira, 28 de julho de 2011

Campanha - Lembrando as vítimas da Ditadura

PAULO ROBERTO PEREIRA MARQUES (1949-1973)
Filiação: Maria Leonor Pereira Marques e Sílvio Marques Canelo
Data e local de nascimento: 14/05/1949, Pains (MG)
Organização política ou atividade: PCdoB
Data do desaparecimento: 25/12/1973

Paulo concluiu o curso científico no Colégio Lúcio dos Santos, em Belo Horizonte. Ingressou, em seguida, no curso pré-vestibular Pitágoras, preparando-se para o vestibular de Química. Era funcionário do Banco de Minas Gerais e participou ativamente da greve dos bancários de 1968, razão pela qual foi indiciado na Lei de Segurança Nacional, perdendo o emprego. Participava também do trabalho comunitário na Igreja de Santa Efigênia, de Belo Horizonte. Perseguido pelos órgãos de repressão do regime militar, passou a atuar na clandestinidade, indo viver em Itapetininga, no interior da Bahia, e depois no Rio de Janeiro. Em 1969, já militante do PCdoB, mudou-se para a cidade de Palestina, na região do Araguaia, onde montou uma pequena farmácia, junto com o companheiro Ciro Flávio Salazar Oliveira, também desaparecido. Ficou conhecido no lugar como Amauri da Farmácia.
Na última carta enviada à família, em 1972, pedia que não se preocupassem com ele, pois não estava fazendo nada de errado, apenas lutava para mudar o país para que todos tivessem uma vida melhor. Paulo Roberto está desaparecido desde a ofensiva das Forças Armadas contra o acampamento dos guerrilheiros, no dia 25/12/1973. A família, apesar das buscas, nunca mais teve notícias de Paulinho, como era chamado.
Segundo o relatório Arroyo, “ele (Paulo) foi com Walquíria ao local onde Vandick e Dinaelza haviam ido buscar ‘Raul’ (Antônio Teodoro de Castro), ‘Lourival’ (Elmo Corrêa) e‘Zezinho’, que já haviam chegado (isto é, perto do local do tiroteio do dia 17/12/73). Deveriam retornar no dia 28/12, ao local onde houve tiroteio no dia 25/12. Desaparecidosdesde então”.
Hugo Studart, em A Lei da Selva, informa que o Dossiê Araguaia, escrito por militares que participaram diretamente na repressão à guerrilha, confirma que Paulo Roberto também morreu no ataque do Natal de 1973.

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